Usuário convidado
17 de março de 2022
Quem não conhece Vila Real de Antonio, pensa numa vila perdida num canto do Algarve, sem “nada” para ser visto ou apreciado, mas ignoram a grandiosidade deste local, com Castro Marim, Cacela Velha e Tavira como povoações vizinhas, uma com História templária e outra com legado Árabe, ambos dignas de serem visitadas e exploradas. Reconstruída no SEC. XVIII pelo Marques de Pombal, à imagem de Lisboa após o terramoto de 1755, ostenta um traçado geométrico com as suas ruas e os padrões radiais da bonita calçada Portuguesa, Vila Real de Santo António, era e é o Ex-libris de quem chegava vindo do Sul Espanha ou por mar. É nesta cidade que o empresário Ramirez, fundou a sua empresa de conservas, gozando de uma localização privilegiada, juntou o negócio de família com o projeto de hotelaria, com o Grande Hotel Guadiana, que foi inaugurado em plenos loucos anos 20 com o Glamour, riqueza decorativa, elementos Art Nouveau e um toque de Barroco, onde dava dormida a empresários nacionais e estrangeiros e por onde no meio de bebidas e cigarradas se fechavam grandes negócios. Com a subida da temperatura da água, o atum, o maior e melhor pescado para as conservas, deixou de frequentar as águas do Guadiana, fazendo com que a família Ramirez abandona-se as fabricas de conserva e o Grande Hotel Guadiana, rumando para o norte do país, onde ainda hoje mantêm atividade. Manteve-se ao abandono até que foi adquirido por um empresário, com o gosto pela história e tradição Portuguesa e que fez renascer o Grande Hotel Guadiana, hoje com o nome de GRAND HOUSE, e é exatamente isso uma GRAND HOUSE… e é aqui onde começa a minha história. Quando fui convidada a conhecer a GRAND HOUSE, estava longe de saber o quão deslumbrante e deslumbrada ficaria com o hotel, não só pela sua grandiosidade e a soberba decoração, que tão bem souberam preservar, pensado em todos os detalhes e pormenores, mas principalmente pelo acolhimento familiar com que me receberam. À porta, e como de uma casa se trata estava a “nossa” GRAND, cadela da raça Cão de Água Português que nos recebeu – qual trintanário - meiguinha e muito profissional abanou a cauda quando nos dirigimos para a porta, o modo que ela tem de se expressar… sejam bem vindos à Grand House. O enorme lustre em cristal que se encontra à entrada, faz-nos antever o Glamour da decoração. Fizemos o check-in e Marita, GM da Grand House, aguardava por nós para almoçarmos. Pegou no próprio carro e levou-nos ao Grand Beach Club, que fica a uns 10m. Entrando no Beach Club, uma decoração sóbria, própria de um bar de praia, com cores neutras e plantas, tendo em destaque um grande sofá chesterfield em pele castanha que nos incentiva a sentar e a usufruir de um cocktail, fazendo com que esqueçamos o tempo e os afazeres. No exterior, a piscina infinita e as espreguiçadeiras, convidavam a um namoro entre a água e o sol. O almoço meticulosamente preparado com comida tipicamente portuguesa onde não faltaram o azeite e o pão alentejano (para ser embebid