Usuário convidado
1 de junho de 2024
Foi a primeira vez que ficámos numa unidade da série Collection, mas, a avaliar pela amostra (leia-se: pela experiência), por certo que outras demandaremos. A característica que distingue estas unidades dos Vila Galé “normais” é o peso histórico-cultural de cada edifício e da sua envolvência, o que, em Tomar, dá pano para mangas! Tirando a dificuldade para estacionar perto (existe um estacionamento gratuito a 100 metros, mas sempre muito procurado), ao pousar a bagagem no lobby do hotel, um enorme painel alusivo ao claustro central do Convento de Cristo de imediato nos impele a iniciar uma jornada histórica até à idade média, passando pela época dos Templários, tema omnipresente nas inúmeras imagens que decoram salas, corredores e restaurante, neste último complementadas com extensa cronologia aguçando o apetite dos amantes de história. E já que nos encontramos no restaurante, o pequeno almoço é servido com disposição em forma de cruz, com os produtos em pequenas quantidades, repostas em permanência, e com uma descrição que, à primeira vista, até nos parece em quantidade e variedade bem mais comedida do que nas unidades VG correntes, o que, com observação mais cuidada, concluiremos ser, naturalmente, um equívoco… Os pães variados, os croissants, os queijos, os enchidos, as compotas caseiras, os sumos de fruta, os pratos quentes típicos do pequeno almoço continental, os bolos caseiros, as frutas frescas, enfim, tudo, afinal, lá encontramos, como estamos habituados. Aqui apenas um pequeno reparo para os ovos mexidos, que, para minha estranheza, denotaram no tabuleiro da rechaud uma confecção à base de ovo em pó (?), perdendo em cremosidade e em textura, e contrariando o que é a nossa expectativa no VG. Voltando à primeira forma, o edifício secular ligou duas estruturas contíguas, ligadas por uma passagem área sobre a rua onde se situa a entrada do hotel, e que separa a zona vermelha da zona azul, para melhor orientação dos hóspedes no interior. Quartos, camas e equipamentos com o nível de conforto habitual (só não me habituo é aos edredões que servem de lençol, pois morro de calor!...), salas e saletas de estar, sala de leitura, com clássicos à disposição, bar com piano, uma sala de jantar reservada e, até, uma capela, decoradas com bom gosto, de extremo conforto, a promover o lazer. A piscina exterior, longitudinal, tem o seu bordo infinito sobre o rio Nabão e com vista para o Castelo de Tomar, lá no alto, proporcionando magníficos “postais ilustrados” de fim de tarde e refrescando com tranquilidade os dias quentes de Tomar, em ambiente idílico. De todo o pessoal só temos a dizer bem, em simpatia e profissionalismo. Depois, é só partir à conquista da oferta histórico-patrimonial e gastronómica da cidade Templária, que de tão vasta se pode tornar cansativa, mas teremos sempre este belo pouso para onde regressar, recarregar baterias e voltar à carga, em todas as ocasiões.